Sonhar um pouco de paz

Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo,
Cravar esse chão...
Não me importa saber se é terrível demais..
Quantas guerras terei de vencer por um pouco de paz?

Um dia de verão

Como quem num dia de Verão abre a porta da casa
E espreita para o calor dos campos com a cara toda,
Às vezes, de repente, bate-me a Natureza de chapa
Na cara dos meus sentidos,
E eu fico confuso, perturbado, querendo perceber
Não sei bem como nem o quê...
Mas quem me mandou a mim querer perceber?
Quem me disse que havia que perceber?
Quando o Verão me passa pela cara
A mão leve e quente da sua brisa,
Só tenho que sentir agrado porque é brisa
Ou que sentir desagrado porque é quente,
E de qualquer maneira que eu o sinta,
Assim, porque assim o sinto, é que é meu dever senti-lo...


Alberto Caeiro

No outono sobre o chão, entre o trânsito e os sons comuns, eu estou pensando em sinais e estações,
enquanto o vento do norte sopra. Observo enquanto amantes passam por mim, histórias ambulantes, quens, como e porquês, meditando vagarosamente sobre o amor, ponderando-o.
Eu vou dar tempo para isso, dar espaço.

Vivo intensamente.

Sonho, rio, choro, erro. Busco aprender com cada erro de uma maneira que meu saldo de acertos seja sempre maior.
Sou apenas uma mulher, como milhares, que a cada dia tenta fazer com que a vida valha à pena. Viver é muito mais que somente respirar.
Luto e vivo pela verdade e pela justiça. Deixo a mentira para os medíocres, uma vez que estes pagarão por elas algum dia.
O que você é e faz hoje influencia o que você será amanhã.
Respeito e amo o próximo como amo a mim mesma e desejo a você três vezes o que você desejar para mim.
Aproveito o lado bom de cada pessoa, afinal de contas todos têm defeitos, o que não significa que os seus são piores que os meus.
Aprendi o que é compaixão e hoje meu coração segue inundado dela. Sofro com a realidade e com a maldade,
mas também aprendi que para ser feliz é necessário colocar uma venda nos olhos e seguir, e que paciência realmente requer muita prática.
Já caí e levantei, mas agradeço por ter percebido que sou forte o bastante pra fazer isso mil vezes.
Acredito em um Deus grandioso, que me protege e guia meus passos diariamente.
Sou esperança da cabeça aos pés. Minha família é a base de tudo. Sinto saudades de quem está longe, mas levo todos no coração.
O mundo não para pra que nos encontremos de novo.
Enquanto isso, sigo e construo meu caminho com amor e honestidade,
pois a alegria brilha nos olhos, de quem sabe curtir a emoção de simplesmente viver!